quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Ventos de Agosto

Em tempos de agosto, sol em leão, conheço um pouco mais sobre o raso e o profundo em mim.
Ins-pirada pelas músicas no mp4, pelos livros de poesia (uma nova paixão) e pelos tantos mergulhos na subjetividade que me forma, escrevo hoje, depois de um dia que já é passado, versos do coração que pulsa neste corpo de carne, ossos e poeira cósmica.

PLÁSTICA-MENTE
                                 ao Astronauta Lírico

"Em terra
Angústia e aperto no peito,
Sentimentos despertos de propósito,
Ao relembrá-lo
Lembranças de fragmentos
Frações,
Fractais de instantes sem tempo.
Do primeiro encontro de olhos,
ao último abraço,
Coleciono-te em memórias
Faço isto de propósito,
E assim,
Conheço mais a plasticidade da Mente Livre,
para a angústia e para a paz.
De propósito!"

Em um ontem desses, passei triste o dia inteiro, e de minha tristeza, nascem versos.

"Quem fica feliz com a minha tristeza?
Eu, um outro eu.
Quem se alegra com as minhas lágrimas?
Eu, um outro eu
Experimento todos os lados da moeda ( tendo esta dois lados )
Magicamente Dual
E neste jogo, os cenários se descortinam como cenas de uma novela,
cujos próximos capítulos não passam na imaginação.
Ou passam,
através de fantasias projetadas,
projetos com começo, meio e fim
visões lineares de um desconhecido quântico!
Fractais de poesia, pequenos fragmentos de luz nos olhos
Versos cantados a todo o instante pelo universo
Experiências sensoriais e sutis se revelam.
Dentro desta,
que nesta capa de carne e osso, vive!
Descortinam-se epifanias / relâmpago
Iluminando a mente aprendiz."


Acho que entendo como os versos nascem, dos grandes poetas de todos os tempos.

Num ontem mais atrás, depois de uma sessão de meditação, nasceu esta:

"Quando algo me é dado
Agradeço, e não me fixo
Quando algo me é tirado
Agradeço, não me fixo
Cad
a
curva da estrada
Revela o caminho
Cada onda do mar
Revela o oceano
Viver entre a vantagem e a desvantagem
é morrer
é perder-se, é dar as costas para o que é,
apenas é, tal como é
Me solto Me
Solto...
Até soltar o me de mim...
Nada a soltar..."


... e segue o baile...

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