quinta-feira, 14 de março de 2013

O Óbvio

Bueno...
Disseram que hoje, 14 de março é o Dia da Poesia, em função do nascimento de um grande poeta, Castro Alves. 
Pois bem!
É ÓBVIO que em várias cidades, lugares e lugarejos, bares e botecos, praças, livrarias, estão acontecendo saraus, leituras poéticas, celebrações das mais diversas, em torno Dela.
Portanto, é ÓBVIO que busco inspiração para escrever, já que este espaço foi criado a partir de versos diversos que brotaram em algum momento de um passado ano, a partir de uma paixão platônica, ou melhor, mais uma paixão platônica para a minha coleção. ÓBVIO que cada paixão tras um presente embutido, seja do plano horizontal ( desejos, prazeres sensoriais, queimaduras e orgasmos ) ou do plano vertical ( sonhos, devaneios aéreos, mundos de paz e amor criados na mente, encontros extra-sensoriais, transcendentais, silenciosos ). Esta mais recente me trouxe para o universo da poesia, dos versos, dos autores pernambucanos, dos livros companheiros, das bolhas de realidade multi-coloridas e oníricas.
Belas Bolhas!
Portanto, é ÓBVIO que hoje é um dia especial.
Nem tão ÓBVIO  é que seguimos achando, cheios de achismos, e quando eles caem por terra, ainda nos chateamos. Mesmo sabendo que o ÓBVIO nem sempre é ÓBVIO.
Enfim, gratidão pela poesia mais viva em minha vida.

Algumas delas, não minhas, mas recentemente apreciadas por este mim:
Poeta Alexandre Brito

"As algas produzem
Diminutas bolhinhas de oxigênio.
Criam o ar que respiramos.
O poeta é uma espécie de alga,
Um fazedor de bolhas.
Algas vivem no mar
O poeta
No fundo do ar".

" Quando li o primeiro poema
Não entendi nada
Fiquei boiando.
Foi quando descobri a função do poeta:
Nos transformar em bolhas.

Quando li o segundo poema
Não entendi muito
Mas viajei de pedra.
Foi quando descobri o prazer do poeta:
Nos transformar em bolhas coloridas.

Quando li o terceiro poema
Não quis saber de mais nada
A não ser escrever o meu primeiro poema.
Foi quando compreendi a intenção do poeta:
Nos transformar em fazedores de bolhas".

Para brincar com o não ÓBVIO, gosto de ouvir as músicas do computador daquele jeito que escolhe aleatoriamente a próxima. Elas acabam conduzindo os pensamentos, sentimentos evocados, lembranças, gargalhadas. Parece que é ÓBVIO, que a música que vai tocar é aquela que você precisa ouvir naquele momento, e ela literalemente fala contigo. É ÓBVIO que com um sol conjunção netuno na casa 5, isto acontece com uma naturalidade desconcertante. 
Fiz um verso para minha tatuagem dia desses, deste ano:

"Vida
Não vi-vida
Viva. Sim.
Vi-vida.
Vivo a vida
Muito bem vi-vida.
Vida sim.
Vivo a vida em mim.
Que mim?
Mim, em forma de poesia.
Bem Viva
Não vã".  

ÓBVIO: a música acaba de falar: Já que ele está em todos os lugares ÓBVIOS... 
Neste lindo dia, teclei com meu amigo espiritual e companheiro de caminho, logo pela manhã, e falamos do violão, da afinação, de um dos ensinamentos do Buda, sobre a afinação da mente de cada ser, comparando-a a um instrumento de cordas, que poderia ser um violão. Buda diz: "se afrouxa demais, não sai som, se aperta demais, a corda arrebenta". Portanto, de nossa conversa sai um verso:

" O óbvio nunca é óbvio!!! 
Feliz dia que a poesia rebrota... 
Cada dia é uma poesia, 
Cheia de obviedades e surpresas. 
Vou sendo a vida, 
Tecendo a rede, 
Afinando o violão, 
Seguindo o caminho, 
Lembrando que o violão, as cordas e a afinação 
Variarão, 
Mas ao fim, 
O caminho é ser 
A Canção!!!"

Finalmente, ÓBVIO que ao escrever, todo o poeta aspira que alguém possa ler... Mesmo os poetas iniciantes, sem métricas nem prosódias...
Fica o registro
Para a prosperidade!!!!!!!!!!!!