Hoje, neste dia de eclipse, paro um pouco para pensar ao teclado, e escrever breves linhas de registro deste tempo de eterna mudança e inspiração. Às vezes grande, às vezes pequena...
Como tudo é passageiro, até o motorista e o cobrador, nesta nova passagem, crio espaço para a mudança, na caverninha da caveirinha, onde o tempo passa e não passa, e mesmo a mudança tem uma permanência. Ela mesma não muda!
Quem muda?
Muda o eu,
Muda o personagem,
Muda a roupa,
Muda o roteiro,
Muda a casa,
Muda o roupeiro,
Muda a música,
Muda o banheiro,
Isso é fácil, muda o tempo todo...
agora, o que não muda???
A MUDANÇA!
Tempos de recolhimento, introspecção, pois em breve, mais uma revolução.
Me disseram um dia: mas tu gosta de mudar, hein?
Cá com os meus botões, gostar ou não gostar, não é a questão... saber se adaptar ao que surge é o tema da canção. Escolher sorrir ou chorar é uma opção. Sem enredar no enredo, choro, rio e sigo, de maré em maré, seca, cheia, turva ou cristalina. Tudo pode! Tudo cabe!
Já que o que muda é o que pode mudar, o que não muda, permanece.
A impermanência só pode tocar o que está sob sua jurisdição. E o que está sujeito à flutuação.
Ao sentar, a brecha para reconhecer o que não muda nem no tempo nem no espaço, se abre...
... em silêncio ou em movimento... algo permanece!!!
LAR DOCE LAR - O CÉU!!!
*pássaros voam no céu, e não deixam rastro...
O Lama Samten está sempre com agente ... penso sempre naquele conceito de vacuidade bem humorada e mal humorada que ele fala ... não é a inspiração que vem , é a visão que se descortina ... Quando todos viram Guru Pema nascer na verdade ele tinha oito anos e estava sobre um Lótus Dourado ... Com certeza o céu deixa algum rastro na ave ...
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